terça-feira, 31 de maio de 2011

Glossário da Psicanálise

Lembrei-me do Glossário do Behaviorismo, que auxiliou na compreensão de diversos termos. Dessa forma, no papel de um administrador neurótico, resolvi criar também o glossário da Psicanálise para reforçar o entendimento de vários conceitos discutidos em aula.  Veja a seguir e fique ainda mais neurótico como eu.
  1. Angústia: Reação emocional intensa como resposta a um perigo real ou imaginário.
  2. Catarse: Método terapêutico que permite a evocação e a revivência de acontecimentos traumáticos que foram reprimidos, permitindo a descarga dos afetos ligados a estes.
  3. Condensação: é um processo característico do pensamento inconsciente e no qual duas ou mais imagens se combinam para formar uma imagem composta que está investida do afeto derivado de ambas.
  4. Conflito: Na psicanálise, refere-se geralmente, ao conflito interno entre impulsos instintivos e entre as três instâncias, que são: id, ego e superego.
  5. Defesa: É o conjunto de manobras inconscientes que o ego se utiliza para evitar ameaças à sua própria integridade.
  6. Ego: É uma das três instâncias que Freud concebeu em um de seus modelos para explicar o funcionamento da mente humana. O ego é a parte organizada desse sistema que entra em contato direto com a realidade externa e através de suas funções tem capacidade de atuar sobre esta numa tentativa de adaptação.
  7. Fixação: Processo pelo qual o indivíduo permanece vinculado a modos de satisfação ou padrões de comportamento característicos de uma fase anterior de seu desenvolvimento da libido.
  8. Histeria: Tipos de neurose que se caracterizam principalmente pelos distúrbios funcionais de aparência orgânica, como paralisias, perturbações sensoriais, crises nervosas, sem evidência de patologia física, e que se manifestam de modo a sugerir que serve a alguma função psicológica.
  9. Id: Uma das instâncias da teoria estrutural do aparelho psíquico. O Id que opera em nível inconsciente contém os impulsos instintivos que se originam na organização somática e ganham aqui expressão psíquica e também idéias e recordações que por serem insuportáveis ao indivíduo foram reprimidas.
  10. Inconsciente: Conceito mais fundamental da teoria freudiana. Freud demonstrou que o conteúdo da mente não se reduz ao consciente, mas que pelo contrário a maior parte da vida psíquica se desenrola em nível inconsciente. Neste se encontram principalmente as idéias reprimidas, às quais é negado o acesso à consciência, mas que têm grande influência na vida consciente.
  11. Libido: É a energia inerente aos movimentos e transformações dos impulsos sexuais. Ela é a contrapartida psíquica da excitação sexual somática.
  12. Neurose: Termo que designa os distúrbios dos comportamentos, sentimentos ou idéias, que surgem como resultado de um conflito entre o id e o ego, onde uma tendência instintiva é reprimia pelo ego dando lugar á formação de sintomas neuróticos.
  13. Objeto: Para a Psicanálise significa aquilo através do que um impulso instintivo pode obter satisfação. Pode ser uma pessoa, uma entidade ou um ideal. Os objetos podem ser reais ou imaginados.
  14. Pré-Consciente: Refere-se aos pensamentos que não são conscientes em certos momentos, mas que podem chegar espontaneamente à consciência ou por evocação do próprio indivíduo. Diferem dos pensamentos inconscientes que por terem sido reprimidos não têm acesso à consciência a não ser em circunstâncias muito especiais.
  15. Psicanálise: Disciplina criada por Freud que consiste em um método par investigação dos processos mentais, um método de tratamento das desordens psíquicas e um corpo e teorias que tenta sistematizar os dados introduzidos pelos métodos psicanalíticos mencionados acima.
  16. Psicose: Perturbação grave das funções psíquicas que se caracteriza principalmente pela perda de contato com a realidade, pela incapacidade de adaptação social, por perturbações da comunicação e ausência de consciência da doença. Para Freud a psicose é resultado do conflito entre o ego e o mundo exterior. Diante da frustração de fortes desejos infantis, o ego nega a realidade externa e procura construir através do delírio um mundo interno e externo de acordo com as tendências do id.
  17. Regressão: Processo defensivo do qual o indivíduo, a fim de evitar a angústia, retorna a uma fase anterior do desenvolvimento, apresentando os padrões de comportamento daquela fase.
  18. Sublimação: Processo pelo qual a energia dos instintos sexuais é deslocada para atividades ou realizações de valor social ou cultural, como as atividades artísticas ou intelectuais.
  19. Superego: Uma das três instâncias da personalidade, que Freud concebeu em um dos modelos do aparelho psíquico. O superego é formado a partir das identificações com os genitores, dos quais ele assimila as ordens e proibições. Assume então o papel de juiz e vigilante, formando uma espécie de autoconsciência moral.
  20. Transferência: Processo pelo qual o indivíduo recapitula em suas relações atuais, especialmente com seu terapeuta, as relações que teve com seus genitores na infância.
REFERÊNCIAS
BOCK, Ana Mercês Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi. Psicologias: uma introdução ao estudo da psicologia. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 1999.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Diga tudo que lhe vem à cabeça ...

O singular método psicoterápico que Freud praticava e designa de psicanálise é proveniente do chamado procedimento catártico, sobre o qual ele forneceu as devidas informações nos Estudos sobre a Histeria, de 1895, escritos em colaboração com Joseph Breuer. A terapia catártica foi uma descoberta de Breuer, que, cerca de dez anos antes, curara com sua ajuda uma paciente histérica e obtivera, nesse processo, uma compreensão da patogênese de seus sintomas. Graças a uma sugestão pessoal de Breuer, Freud retomou o procedimento e o pôs à prova num número maior de enfermos. O procedimento catártico pressupunha que o paciente fosse hipnotizável e se baseava na ampliação da consciência que ocorre na hipnose. Tinha por alvo a eliminação dos sintomas patológicos e chegava a isso levando o paciente a retroceder ao estado psíquico em que o sintoma surgira pela primeira vez. Feito isso, emergiam no doente hipnotizado lembranças, pensamentos e impulsos até então excluídos de sua consciência; e mal ele comunicava ao médico esses seus processos anímicos, em meio a intensas expressões afetivas, o sintoma era superado e se impedia seu retomo. Os dois autores, em seu trabalho conjunto, explicaram essa experiência regularmente repetida, afirmando que o sintoma toma o lugar de processos psíquicos suprimidos que não chegam à consciência, ou seja, que ele representa uma transformação ("conversão") de tais processos. A eficácia terapêutica de seu procedimento foi explicada em função da descarga do afeto, até ali como que estrangulado", preso às ações anímicas suprimidas ("ab-reação"). Mas esse esquema simples da intervenção terapêutica complicava-se em quase todos os casos, pois viu-se que participavam da gênese do sintoma, não uma única impressão ("traumática"), porém, na maioria dos casos, uma série delas, difícil de abarcar.

Assim, a principal característica do método catártico, em contraste com todos os outros procedimentos da psicoterapia, reside em que, nele, a eficácia terapêutica não se transfere para uma proibição médica veiculada por sugestão. Espera-se, antes, que os sintomas desapareçam por si, tão logo a intervenção, baseada em certas premissas sobre o mecanismo psíquico, tenha êxito em fazer com que os processos anímicos passem para um curso diferente do que até então desembocava na formação do sintoma. As alterações que Freud introduziu no método catártico de Breuer foram, a principio, mudanças da técnica; estas, porém, levaram a novos resultados e, em seguida, exigiram uma concepção diferente do trabalho terapêutico, embora não contraditória à anterior.
O método catártico já havia renunciado à sugestão, e Freud deu o passo seguinte, abandonando também a hipnose.. Atualmente, trata seus enfermos da seguinte maneira: sem exercer nenhum outro tipo de influência, convida-os a se deitarem de costas num sofá, comodamente, enquanto ele próprio senta-se numa cadeira por trás deles, fora de seu campo visual. Tampouco exige que fechem os olhos’ e evita qualquer contato, bem como qualquer outro procedimento que possa fazer lembrar a hipnose. Assim a sessão prossegue como uma conversa entre duas pessoas igualmente despertas, uma das quais é poupada de qualquer esforço muscular e de qualquer impressão sensorial passível de distraí-la e de perturbar-lhe a concentração da atenção em sua própria atividade anímica.
Como a hipnotizabilidade, por mais habilidoso que seja o médico, reside sabidamente no arbítrio do paciente, e como um grande número de pessoas neuróticas não pode ser colocado em estado de hipnose através de procedimento algum, ficou assegurada, através da renúncia à hipnose, a aplicabilidade do método a um número irrestrito de enfermos. Por outro lado, perdeu-se a ampliação da consciência que proporcionava ao médico justamente o material psíquico de lembranças e representações com a ajuda do qual se podia realizar a transformação dos sintomas e a liberação dos afetos. Caso não fosse encontrado nenhum substituto para essa perda, seria impossível falar em alguma influência terapêutica.



Freud encontrou um substituto dessa ordem, plenamente satisfatório, nas associações dos enfermos, ou seja, nos pensamentos involuntários quase sempre sentidos como perturbadores e por isso comumente postos de lado que costumam cruzar a trama da exposição intencional. Freud abandona a hipnose como método terapêutico por três motivos: nem todas as pessoas são susceptíveis de serem hipnotizadas; os resultados eram pouco duráveis; o doente não tinha um papel ativo no processo de cura. Estas limitações levam à descoberta das associações livres de ideias. A associação livre de ideias é um método que Freud desenvolveu com os seus pacientes. Este método consiste em os doentes exprimirem livremente aquilo que sentem sem se preocuparem o sentido das afirmações. Freud pensava que bastaria despertar na consciência recordações recalcadas, para que o paciente conseguisse libertar as emoções congregadas em torno dos sintomas. Com a ajuda do psicanalista, o analisando irá descobrir a linha explicativa dos seus sentimentos, ou sofrimentos. O objetivo deste método, seria recordar e/ou reviver os acontecimentos traumáticos recalcados, interpretá-los e compreendê-los, de forma a dar ao ego a possibilidade de um controlo sobre as pulsões. Este processo deveria processar-se num cenário adequado: um divã onde o paciente se deitaria para relaxado falar de tudo o que lhe apetecer. Mesmo o que lhe pareça insignificante deve ser contado. Por detrás do divã, encontra-se o psicanalista, que escuta com atenção o que o paciente conta, tentando compreendê-lo. Fala pouco, mas reenvia ao doente pertinentes interpretações. A análise pode causar sofrimento ao doente, quando isso acontece, o paciente resiste.

Cabe ao psicanalista favorecer o ultrapassar da resistência, isto é, tentativa de impedir ou adiar a vinda ao consciente do material recalcado. Este processo (resistência), está relacionado com a importância que os acontecimentos têm na realidade ou na fantasia do indivíduo. É a compreensão do processo interno e a relação com o analista que vão permitir ultrapassar a resistência. A atualização de sentimentos e emoções, como desejos, medos, ciúmes, invejas, ódios, ternura e amor, que na infância eram dirigidos aos pais e aos irmãos, são agora transferidos para a relação com o analista. As relações imaturas e infantis são como que repetidas e actualizadas através do processo de transferência. A transferência pode ser positiva ou negativa conforme o tipo de sentimentos relativos ao terapeuta. O psicanalista compreendendo e sentindo, através do processo de contratransferência, esta passagem de sentimentos, vai pela interpretação, devolver ao analisando a ligação desses sentimentos transferenciais com o que se passou na infância.

Referências:



Sigmund Freud



Freud, fundador do termo "Psicanálise" nasceu em 06.05.1856 na República Checa, foi viver na Áustria. Desde dois anos reconheceu sua rivalidade com o pai autoritário. Grande afinidade com sua mãe, esta magra e atraente e sentiu-se ligado sexualmente à ela, utilizando em seu posterior conceito: Complexo de Édipo (Desejo inconsciente do filho(a) à mãe (pai). Autoconfiante, dono de um alto grau de inteligência, Freud foi estimulado desde à infância. Um exemplo, suas irmãs não podiam estudar piano para não atrapalhar seus estudos. Tinha um quarto só para ele, onde fazia suas refeições para não perder tempo. Seu quarto era o único que continha lampeão, sua família utilizava velas. Freud sempre foi líder de classe. Fluente em alemão, hebráico, dominava o latim, o grego, o francês e o inglês que aprendeu na escola, o italiano e espanhol que aprendeu sozinho. Quando universitário, recebeu críticas por ter publicado um artigo sobre os efeitos da cocaína. Sua atitude em relação ao sexo era negativa, aparentemente abandonou sua vida sexual aos 41 anos, renegando sua excitação sexual. Por três anos Freud autopsicanalisou-se e seu trabalho era realizado através de hipnoses e interpretação de sonhos. Freud definiu a Personalidade em 3 níveis: o Consciente, o Pré-consciente e o Inconsciente. Segundo ele a mente humana seria como um Iceberg, o mais importante o Inconsciente, a parte oculta, fica abaixo da superfície (É o depósito de forças que não conseguimos ver ou controlar, o Pré-consciente é o depósito de lembranças que não estamos ciente mas que podemos levar ao Consciente. Estruturou a personalidade em : Id, Ego e Superego. O Id: É a libido, o princípio do prazer; O Ego: É o mediador, o aspecto racional, E o Superego: Aspecto moral, valores e padrões. Para Freud, a Personalidade é formada em 5 estágios: Oral (0-1), Anal (1-3), Fálico (4-5), Latência (5-puberdade) e Genital (adolescência-idade adulta). Em cada fase de desenvolvimento existe um conflito que precisa ser resolvido antes do próximo estágio. Freud chocou ao afirmar que a criança é motivada a obter uma forma difusa de prazer corporal, derivado da boca, do ânus e dos genitais durante os primeiros 5 anos de vida.

A Teoria Psicanalítica e as Organizações

A Psicanálise é a ciência do inconsciente que foi fundada por Sigmund Freud (1856-1939). Um método de investigação, que consiste essencialmente em evidenciar o significado inconsciente das palavras, das ações, das produções imaginárias (sonhos, fantasias, delírios) de um sujeito. Este método baseia-se principalmente nas associações livres do sujeito, que são a garantia da validade da interpretação. A interpretação psicanalítica pode estender-se a produções humanas para as quais não se dispõe de associações livres. A psicanálise é um método psicoterápico baseado nesta investigação e especificado pela interpretação controlada da resistência, da transferência e do desejo. Como um dos pilares do estudo sobre o comportamento humano, a psicanálise pode contribuir pra que o autoconhecimento e a busca pra entender o comportamento do outro sejam formas significativas de gestão. Desde os primeiros conceitos de Freud no início do século passado, entender de pessoas, a si mesmo e em seguida o outro, tem se tornado um grande diferencial para profissionais em geral. Nos dias atuais, o conhecimento sobre o assunto tornou-se condição imprescindível para que resultados sejam alcançados. Concordo com os estruturalistas que a empresa não é só feita de pessoas. Mas, a sua essência, sua cultura, seu clima organizacional, depende diretamente da forma com que o gerenciamento das pessoas é efetuado.
É exatamente neste ponto que a psicanálise pode contribuir. Não se trata de querer fazer análise terapêutica ou clínica, com conceitos arraigados. Ou então querer que cada profissional torne-se um psicanalista de seus funcionários. Mas a aplicação de teorias psicanalíticas dentro da organização se dá a cada momento que duas pessoas conversam sobre qualquer assunto. Com o mundo de conhecimento à disposição das pessoas hoje em dia, não basta querer que essas técnicas sejam usadas. É preciso adaptá-las, adequá-las ao dia da organização moderna. Essa deve ser uma das principais funções dos psicólogos e psicanalistas dentro das organizações, estruturando uma nova forma de pensar: através da objetividade. E a transformação, ou adaptação, como queiram chamar, das teorias de comportamento humano deve passar pela busca incessante de melhor aproveitamento do potencial humano, dentro da organização para alcançar resultados estratégicos como dentro da vida do profissional melhorando aspectos de sua qualidade.
O problema é que muitas pessoas confundem a psicanálise sob o ponto de vista clínico com o organizacional. Se por um lado Freud disse que “A Psicanálise é um método para tratamento de distúrbios neuróticos” ele também disse, na mesma definição que “A Psicanálise é um procedimento para investigação de processos mentais”. Então o seu uso vai depender da forma com que esses processos são analisados. Distúrbios como ansiedade, frustração, apatia, são, segundo a Organização Mundial da Saúde são comuns em mais de 98% da população mundial. E isso sempre provoca um profundo impacto na organização, principalmente pela sua cultura e clima organizacional. Acredito na psicanálise como a arte de entender o comportamento. Seu e de outro. E acredito que isso é a pedra filosofal da implementação de qualquer plano estratégico. Afinal de contas, fazer o planejamento é até relativamente fácil comparado com a sua implantação. Isso depende muito mais de entender de gente do que qualquer outra coisa.






"O estado proíbe ao indivíduo a prática de atos infratores, não porque deseje aboli-los, mas sim porque quer monopolizá-los". (Sigmund Freud)

quarta-feira, 25 de maio de 2011

O surgimento da Psicanálise

Bem, vou contar uma breve história sobre o surgimento da psicanálise. Creio que todos já ouviram falar de Freud, se não, pelo menos já devem ter ouvido aquela música de Garota Safada só Freud explica se é loucura sonhar, pois bem sem mais rodeios. Freud foi o fundador da Psicanálise, nasceu em 1856, na Áustria e formou-se em medicina.

No inicio ele estudava os distúrbios mentais, a sua compreensão e seu tratamento. Porém certo dia ele foi convidado para trabalhar com Brever um médico. Brever tinha uma paciente que se chamava Anna O., e que por motivos pessoais ele pediu para que Freud cuidasse dela. Ela, no entanto apresentava distúrbios físicos (enxaquecas, dores de estômago) sem que houvesse razões físicas para eles, pois eram manifestações corporais de problemas psíquicos. Freud utilizou um novo procedimento: que fazia com que Anna relaxasse e falasse. Ele dizia algumas palavras e pedia para que ela lhe dissesse a primeira coisa que viesse a sua cabeça. Depois de um tempo, Freud chamaria esse procedimento de “técnica de associação livre”. Ele, porém analisou que em certos momentos Anna reagia a certas palavras e não falava o que lhe vinha à cabeça, observou também que após fazer a associação livre de palavras, Anna estava muito abalada e falava muito. Freud desvendou que a vida consciente de Anna era determinada por uma vida inconsciente. Conversando com outros pacientes Freud descobriu que eles queriam a cura mais havia uma barreira inconsciente que impediam eles de se curarem. Desenvolvendo com outros pacientes esses métodos e novas técnicas de interpretação de sintomas, sonhos, esquecimentos, Freud foi inventando o que chamou de psicanálise, cujo elemento fundamental é o estudo do inconsciente e cuja finalidade era a cura de psicoses.

Esse vídeo vai esclarecer mais sobre a psicanálise.


Complemento:

http://www.cefetsp.br/edu/eso/filosofia/freudchaui.html

http://www.youtube.com/watch?v=HuQcuyjakDc

Fonte: Filosofia, Ed. Ática, São Paulo, ano 2000, pág. 83-87

Marilena Chauí

terça-feira, 24 de maio de 2011

Psicologia na Prática!

Entrevista com a psicóloga Flávia Annita Passalacqua
Casada e com filhos adolescentes, Flávia Annita Passalacqua viu que lhe havia tempo, e, portanto, se matriculou em um curso pré-vestibular. Passou no vestibular e logo, ingressou e se formou em Psicologia na Universidade Católica do Rio de Janeiro. Ainda, estagiou no hospital psiquiátrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Atualmente, a Drª Flávia atende no PAM do Bom Jardim (unidade de saúde pública de Mossoró-RN), no INSS Mossoró (aos servidores), Hospital Militar de Mossoró, no colégio CEAMO, e ainda, dirige e produz o ‘PROGRAMA DIÁLÓGO’ na TCM - TV a cabo de Mossoró. Também, é muito solicitada para proferir palestras e conferências em universidades, prefeituras e outras entidades. Além disso, exerce outros trabalhos voluntários, termo preferido por ela. Com a agenda sempre repleta de compromissos, Dra. Flavia é uma jovem de 80 anos.
É com muita satisfação que os Administradores Neuróticos apresentam a entrevista com a psicóloga Flávia Annita Passalacqua, que aconteceu no PAM do Bom Jardim. Veja a seguir:
Administradores Neuróticos: O que nos chama bastante atenção é o fato de que, grande parte das empresas de Mossoró, não tem um psicólogo. Na opinião da senhora, qual é a missão profissional de um psicólogo? Que fato a senhora atribui para essa questão nas empresas mossoroenses?
Drª Flávia: Olha, eu considero a psicologia como uma ciência preventiva, embora, muitas vezes somos convocados para fazer curativa. Porque, infelizmente, a prevenção é um pouco ausente, exatamente pelo ponto que você tocou agora há pouco. Existem poucos psicólogos nos lugares em que deviam estar, principalmente nas escolas, nas empresas, nos hospitais e nos postos de saúde. O relacionamento em equipe é muito importante, então o psicólogo estaria lá exatamente para isso, para prevenir os conflitos que depois se tornariam em grandes problemas. Sabemos que uma equipe afinada e harmoniosa funciona bem e produz mais. As empresas deveriam realmente se interessar em ter psicólogos justamente para isso.

Administradores Neuróticos: Qual a sua filosofia de trabalho?
Drª Flávia: Eu atuo na psicologia como prevenção e com psicologia escolar. Presto assessoria em algumas empresas justamente para isso, prestar um trabalho. Aqui no PAM, trabalho a área curativa e de prevenção.
Administradores Neuróticos: Qual a importância do trabalho filantrópico?
Drª Flávia: É uma coisa maravilhosa o voluntariado, eu não chamo de filantrópico, o termo é mais individual já que trabalho sozinha. Eu venho aqui com essa missão de ajudar e realmente, eu acho o voluntariado, embora não seja muito considerado, que as vezes eu até tenho uma impressão que as pessoas tem um certo preconceito, agora não porque já me conhecem, conhecem o meu trabalho, mas no princípio sim. Percebi que aqui se dar muito valor ao que custa, quanto mais vale mais se cobra, e pra mim, eu não preciso disso, pra mim o verdadeiro valor do trabalho é a honestidade, dignidade e o amor que você tem pelo que faz. Existe uma compensação acima do dinheiro, o reconhecimento das pessoas, trabalho que é feito e o retorno em termo de saúde, é isso que me interessa.
Administradores Neuróticos: Quais são os métodos que a senhora utiliza?
Drª Flávia: Em terapia eu sou freudiana, a base. Mas a gente usa muito a terapia de apoio. Minhas técnicas são as do Freud, mas não é por isso que não enxergo valor nos outros métodos. Sou uma pessoa bastante aberta em termos de opinião, cada um defende o que acredita.
Administradores Neuróticos: Que recado a senhora pode dar aos empresários que não valorizam seus funcionários? E que contribuição poderia ser dada pelo psicólogo nessas organizações?
Drª Flávia: A única resposta seria o respeito. Para que eles tenham isso não é necessário de um psicólogo em sua empresa, como cidadãos é obrigação de todos possuírem o respeito pelo outro. Na maioria das vezes, principalmente quando a empresa é grande, e eles não podem ampliar, digamos assim, a fiscalização para saber como estão os funcionários, o psicólogo seria a pessoa mais adequada para tratar do bem estar dos colaboradores.
Obs.: Por motivos de distância da cidade em que mora e Mossoró, Mayara não pôde comparecer no dia da entrevista.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

P-S-I-C-A-N-Á-L-I-S-E

            Você gosta de mistério? Se sim, então lhe devo informar que você ficará fascinado com a PSICANÀLISE.
O nome dele é Freud, Sigmund Freud (em alemão a pronúncia de “Freud” é “Fróid”). Ele foi um médico neurologista que radicalizou o modo de pensar a vida psíquica, tratando os mistérios do psiquismo como problemas científicos. Freud investigou as fantasias, sonhos e esquecimentos das pessoas. Esta investigação sistemática fez com que o doutor criasse a Psicanálise.
            A Psicanálise pode ser caracterizada como teoria, método de investigação e análise. Enquanto teoria é um conjunto de conhecimentos sistematizados sobre a estrutura e funcionamento do psiquismo humano. Enquanto método de investigação é a entendimento dos conceitos implícitos presente nas ações e produções imaginárias, como por exemplo, delírios e sonhos. Finalmente, enquanto análise busca o autoconhecimento e a cura, que depende desse autoconhecimento.
            Hoje, observar-se a importância da Psicanálise, visto que ocorre de diversas formas: orientação, aconselhamento, base para psicoterapia, e ainda, é aplicada em grupos organizacionais. Além disso, é uma ferramenta primordial para análise compreensão da sociedade, como o crescente individualismo contemporâneo, novas formas de sofrimento psíquico e o agravamento da violência.
            “A nossa civilização é em grande parte responsável pelas nossas desgraças. Seríamos muito mais felizes se a abandonássemos e retornássemos às condições primitivas”. (Sigmund Freud)

REFERÊNCIAS
BOCK, Ana Mercês Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi. Psicologias: uma introdução ao estudo da psicologia. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 1999.


quarta-feira, 11 de maio de 2011

O Behaviorismo e as Organizações!












Desde o início do século XX os estudiosos tentam mudar a forma da administração com o intuito de aumentar a produção de maneira eficiente e eficaz. A Teoria Humanista inaugurou a era da humanização das organizações. Weber tentou apaziguar o conflito das duas abordagens, mas a Teoria da Burocracia apresentou muitas disfunções, chegando a ser taxada de "Teoria da Máquina". A Abordagem estruturalista inaugurou o modelo de sistema aberto, inserindo a importância do ambiente para as organizações, tendo conseguido aproveitar o que tinha de bom as Abordagens Clássicas e Burocráticas. Mas foi o behaviorismo que introduziu o conceito de entendimento das necessidades humanas para compreensão da motivação que leva a maior produtividade. O behaviorismo (ou comportamentalismo), inaugurado por John Watson em 1913, propôs o comportamento como o objeto da psicologia, James Watson queria dar a essa ciência um status de cientificidade para a época, a fim de romper de vez com a filosofia. De fato, Watson buscava construir uma psicologia com método experimental e analítico, sem alma ou mente que pudesse prever e controlar. O comportamento pareceu-lhe perfeito para isso, já que ele podia ser mensurado, observado e era capaz de sofrer experimentos reproduzíveis. Além disso, Watson considerava que o comportamento devia ser estudado a partir de uma perspectiva funcionalista, isto é, como função de certas variáveis do meio. A idéia central era a de que certos estímulos levam o organismo a dar algumas respostas para se adaptar ao meio, através de equipamentos hereditários e da formação de hábitos. Hoje em dia, o comportamento não é mais entendido como uma ação isolada do indivíduo, tal como Watson o pensava, mas sim como uma interação entre aquilo que o sujeito faz e o ambiente onde a sua ação ocorre. O mais importante behaviorista depois de Watson foi B. F. Skinner, que buscou trabalhar com o comportamento operante, através de uma filosofia da ciência do comportamento, que ele chamou de behaviorismo radical, que visa sua análise experimental. Os maiores problemas enfrentados hoje pelo mundo poderão ser resolvidos se melhorarmos nossa compreensão do comportamento humano. As concepções tradicionais têm estado em cena há séculos e creio ser justo dizer que se revelaram inadequadas. São, em grande parte, responsáveis pela situação em que nos encontramos hoje.



“Não considere nenhuma prática como imutável. Mude e esteja pronto a mudar novamente. Não aceite verdade eterna. Experimente”. Skinner






Referências:
-BOCK, Ana Mercês Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi. Psicologias: uma introdução ao estudo da psicologia. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 1999.

http://www.webartigos.com/articles/4340/1/A-Contribuicao-Behaviorista-Para-A-Administracao/pagina1.html