domingo, 17 de abril de 2011

Behaviorismo, meu caro Watson!


          “Elementar, meu caro Watson”. Esta é uma marca registrada das aventuras do famoso detetive Sherlock Holmes e seu fiel companheiro Dr. John H. Watson, criados pelo escritor britânico Arthur Conan Doyle. No entanto, esse texto não retrata sobre as histórias de ficção de Sherlock Holmes e Watson. Vou discorrer sobre o BEHAVIORISMO e nesta história real, estará presente outro Watson que você conhecerá daqui a pouco.
          O Behaviorismo ou Comportamentalismo, foi um termo criado por John Broadus Watson, para designar uma corrente de pensamento psicológico. Para os behavioristas, o comportamento é o objeto de estudo. O mesmo pode ser analisado e explicado sem a necessidade de esquemas psicólogicos internos. O comportamento é a causa dos meios externos em que o indivíduo se encontra. 
          Além disso, esse conceito está associado com a evolução das escolas da Administração, com a Teoria Comportamental, que fundamenta-se no comportamento individual. Veja como é interessante a interdisciplinariedade, na Psicologia estamos revisando temas vistos na disciplina de TGA (Teoria Geral da Administração), que fundamenta-se no comportamento individual. É impossível não ficar neurótico.
          John B. Watson que não foi o parceiro de Sherlock Holmes, ainda é considerado o pai do behaviorismo metodológico.  O Behaviorismo Metodológico consiste na teoria explicativa do comportamento publicamente observável. Fundamenta-se na análise do comportamento humano apenas quando for possível uma observação mensurável, ao invés de ocupar-se dos estados mentais que possam gerar ou influenciar tais comportamentos.
          Watson defendia a ideia de que o Behaviorismo Metodológico não nega a existência da mente, mas nega-lhe status empírico ao afirmar que não é possível estudá-la pela sua inacessibilidade. Dessa forma, acredita-se na existência da mente, mas ignora seus estudos sobre o comportamento, não classificando os estados mentais como objeto de estudo científico.
          Ainda, no Behaviorismo encontramos a linha de pensamento filosófico e radical. Na corrente behaviorista filosófica caracteriza-se defende a idéia de que o estado mental é um conjunto de tendências comportamentais. Nesta concepção, são analisados os estados mentais intencionais e representativos.
          O behaviorismo radical consiste numa filosofia da Psicologia e se propõe a explicar o comportamento com base em análises experimentais.  Constitui-se também numa interpretação filosófica de dados obtidos através da investigação sistemática do comportamento. Nesta corrente de estudos, destaca-se um grande estudioso do behaviorismo contemporâneo, o americano Burrhus Frederic Skinner. Ele defendia uma abordagem descritiva e teórica da pesquisa sobre o comportamento, seu objetivo foi à análise funcional do comportamento.
          Enfim, conceitos behavioristas têm sido utilizados em diversas áreas. O controle e a organização das situações de aprendizagem, a educação e os métodos de ensino programado, treinamento de funcionários, clínica psicológica e o trabalho educativo de crianças excepcionais são exemplos de setores que utilizam as contribuições da análise do comportamento.

REFERÊNCIAS.
BOCK, Ana Mercês Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi. Psicologias: uma introdução ao estudo da psicologia. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 1999.

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