quarta-feira, 30 de março de 2011

Operário em Construção

"E ele desconhecia esse fato extraordinário, que o operário faz a coisa e a coisa o operário", esse fragmento de um poema do mestre Vinícius de Moraes, trata da dinâmica da subjetividade. A construção do homem em sociedade se dar à partir de suas atitudes e o modo como o mesmo ver o mundo. Como já havíamos colocado aqui no blog, a subjetividade caminha com a objetividade, no momento em que vivenciamos experiências e vivemos em sociedade, o meio em que estamos inseridos e essas experiências vividas  influenciam na construção do humano que somos e que nos tornaremos.


terça-feira, 29 de março de 2011

Afinal, quem é o homem?

“Pau que nasce torto, não tem jeito, morre torto!” o texto A multideterminação do humano: uma visão em psicologia começa com essa frase, mais uma vez estamos buscando o entendimento de quem somos nós, de quem nos tornamos. Pelo menos três mitos filosóficos influenciaram as ciências humanas e a Psicologia em particular que aborda a idéia de que o homem nasce pronto. O mito do homem natural que afirma que o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe; O mito do homem isolado que põe o homem como um ser isolado, não-sociável, que gradativamente desenvolve a necessidade de se relacionar com outros indivíduos e por fim, o mito do homem abstrato que coloca o homem como um ser que tem suas características independentes de suas situações vivenciais, o seu momento histórico e o tipo de sociedade. O fato é que o texto discorda dessa visão de homem e defende a idéia de que o homem é um ser sócio-histórico, e para entender esse tipo de homem precisamos entender o início dessa concepção. O homem pertence a uma espécie animal - Homo sapiens. Todos nós dependemos dos genes dos nossos ancestrais para formar nosso corpo, de acordo com as características de cada espécie. Todavia, a biologia nos afirma que os genes se manifestam sob determinadas condições ambientais.




Fazemos uma síntese das duas teses então! Um conjunto de traços herdados, que em contato com determinado ambiente, resulta-se em um ser singular e individual. A forma como nascemos, o que nos foi herdado não é suficiente para garantir nossa vida em sociedade. Eu não nasci sabendo andar de bicicleta, nem tampouco sabendo fazer uma irresistível macarronada, essas e outras coisas eu aprendi no decorrer de minha vida. A minha modificação biológica hereditária não determinou e/ou determina o meu desenvolvimento sócio-histórico.“A única aptidão inata no homem é a aptidão para a formação de outras aptidões”. O fato é que, essa frase reafirma tudo que o texto vem defendendo, essas aptidões nascem do contato com os objetos e a realidade objetiva, resultado da experiência sócio-histórica da humanidade. Quando criança, nos deparamos com uma infinidade de objetos, tudo em nossa volta é novidade, é descoberta. Somos introduzidas no mundo da cultura por outros indivíduos que nos guiam nesse mundo.


“A criança, no momento do nascimento, não passa de um candidato à humanidade, mas não a pode alcançar no isolamento: deve aprender a ser um homem na relação com os outros homens”. Apud Lontiev. O desenvolvimento do psiquismo, p.238


Todas essas explanações vão servir de suporte para darmos continuidade e entendermos com mais clareza essa tão complexa ciência denominada PSICOLOGIA.





Subjetivar a Objetividade e Objetivar a Subjetividade

A psicologia estuda o homem em suas expressões visíveis e invisíveis, singulares e genéricas. Tais expressões, são o resultado das relações sociais e constituições biológicas de cada indivíduo (diz respeito à classe social, ao tipo de família e a nossa própria constituição física), a união dessas idéias formam o conceito do que chamamos de subjetividade. A subjetividade é construída por nossos pensamentos, emoções, sensações e comportamento – individualmente ou em grupo. Por não ser estática e está em constante movimento é caracterizada como dinâmica. Já a objetividade é a qualidade daquilo que é objetivo, externo à consciência, resultado de observação imparcial, independente das preferências individuais. OBJETIVAR A SUBJETIVIDADE é a maneira como “expressamos, materializamos e colocamos no mundo os aspectos internos e invisíveis dessa subjetividade”. Quando venho aqui no blog e escrevo os assuntos aprendidos e estudados nas aulas de psicologia, eu estou ‘objetivando’ a ‘subjetividade’, ou seja, eu represento graficamente o que eu penso, o que sinto, enfim, minhas idéias internas são externalizadas a partir do momento que eu as exponho. O contrário acontece com SUBJETIVAR A OBJETIVIDADE, que trata-se da maneira como cada um internaliza o mundo, a vivência – dependendo da situação em que nos encontramos, essas emoções, sentimentos e entendimento podem se alterar. O aborto por exemplo, eu sou contra mas há quem seja à favor. Cada indivíduo subjetiva a objetividade e objetiva sua subjetividade da forma que lhe convêm. É válido lembrar que subjetividade e objetividade se interrelacionam, dependem uma da outra, ‘toda minha ação no mundo tem uma internalização dessa ação e vice-versa.

O João vai aprender e você também.


Você é capaz de objetivar a subjetividade ou subjetivar a objetividade?
O nome dele é João. Nada incomum. Ele é vendedor de uma pequena empresa de móveis. Nada incomum. Nosso personagem deseja se livrar do aluguel e sonha ter uma casa própria. Também, nada incomum. No entanto, veremos o que existe por trás da vida tão comum do João.
O galo canta. O bom homem desperta. Um bom banho e um café da manhã reforçado levantam o animo do João para mais um dia de trabalho. Chega ao trabalho. É hora de vender. João sabe que precisa atingir uma meta de vendas mensal, pois se não conseguir além de perder seu emprego, também ficará mais distante do seu sonho.
Por outro lado, se alcançar a mesma e ultrapassar as vendas propostas, continua empregado e ainda ganhará uma comissão que depositará na poupança, para comprar sua futura morada. E quem sabe ser promovido, não é João? Sabendo disso, João se sente motivado e como um bom vendedor espera ansiosamente a chegada de um cliente.
Veja João, um cliente se aproxima daquele guarda-roupa caríssimo, que há anos não é vendido. Não desanime. Note a expressão de felicidade do cliente ao observar o produto. Isso mesmo. Ele está objetivando a sua subjetividade. Calma, não fique neurótico? Objetivar a subjetividade é a forma como nós expressamos nossos pensamentos e sentimentos. Exatamente como a expressão de alegria e atração do cliente com aquele produto. Os olhos dele brilham.
O ato de falar e escrever também são exemplos de objetivar a subjetividade. Vamos João objetive a sua vontade e haja como um super vendedor. É sua chance rapaz. Venda o guarda-roupa que ninguém conseguiu vender até hoje. Faça história no Mercadinho dos Móveis. Você consegue. Não sabe como? É simples, apenas subjetive a objetividade. Subjetivar a objetividade é a forma como as pessoas entendem e criam conceitos sobre tudo aquilo que as rodeia.
Todos podem ter percepções diferentes sobre um sujeito ou objeto. Exatamente como os outros clientes que não gostaram do guarda-roupa, porque era feio, caro, grande, velho ou empoeirado. Tudo bem João, o guarda-roupa é maravilhoso. Ao contrário dos outros, este cliente o adorou.  Por isso, venda-o agora. Use seu poder de persuasão. Ofereça as diversas formas de pagamento, serviços, garantia e descontos. Convença o cliente. Isso mesmo. Parabéns João, você conseguiu.  Subjetivar a objetividade e objetivar a subjetividade não é tão difícil como parece.


Senso Comum X Psicologia x Ciência



Ouvimos com freqüência em nosso dia-a-dia o termo psicologia com vários significados. Quando nos deparamos com pessoas que nos aconselham e sabem de alguma maneira nos direcionar, atribuímos a mesma o dom de psicólogo. O fato é, será essa a psicologia dos psicólogos?NÃO.Tal psicologia, utilizada pelas pessoas é denominada psicologia do senso comum.

O senso comum são conhecimentos ou aprendizados que o homem adquire no cotidiano, a partir de valores e a cultura da sociedade. É um conhecimento, digamos que, intuitivo, de erros e acertos. Já a psicologia surgiu com o intuito de analisar o comportamento do ser humano com o auxílio da ciência. Contudo, não se pode considerar a psicologia e a ciência como sendo a mesma coisa. Ao contrário da psicologia, a ciência possui exatidão nos seus objetos de pesquisa. Trata de dados comprovados e que são universais. A psicologia por sua vez, por tratar da subjetividade, possui resultados diferenciados, que variam de indivíduo para indivíduo. Cada um possui comportamentos e atitudes diferentes diante de certas situações.

A Psicologia possui 4 linhas de pensamento diferentes, a Psicanálise estuda o aparelho psíquico, o Behaviorismo estuda o comportamento, o Humanismo estuda a consciência e a Psicologia Sócio-Histórica estuda as atividades e identidade do indivíduo. A psicologia se construiu de uma maneira singular, diferente das outras ciências que tem um só objeto de estudo. Além disso, o ser humano vive em constante mutação, sendo assim, um objeto complexo de estudo. Bom queridos leitores, vamos ficando por aqui, e em breve, estaremos de volta!

Ciência e Senso Comum

Em meu segundo dia de aula, minha professora me deu um texto chamado a psicologia ou as psicologias: Ciência e Senso comum. No decorrer dessa postagem falarei um pouco sobre esse texto, bem vamos lá. No texto vem dizendo que cada um de nós utilizamos o termo psicologia em nosso dia-a-dia, pois bem isso é verdade querem um exemplo disso? Nós mulheres sempre conversamos com nossas amigas e elas sempre nos escutam e nos dá conselhos, pois é dizemos então que elas têm psicologia para nos entender, essa psicologia é chamada de senso comum.


Vou simplificar para vocês o que é senso comum dando-lhes um exemplo do texto. É um tipo de conhecimento que vamos acumulando no nosso cotidiano (JAPIASSU, 1983), um exemplo de senso comum é quando estamos em uma rua extremamente movimentada, com veículos em alta velocidade, sabemos então medir a distância e a velocidade do automóvel que vem em nossa direção, sem precisar que façamos um cálculo físico para sabermos se dá ou não tempo de atravessar.


A ciência é formada de vários conhecimentos sobre fatos e aspectos da realidade expressa por meio de uma linguagem precisa e rigorosa (JAPIASSU, 1983, p.24-6).

Subjetividade e Objetividade?

Em meu primeiro dia de aula de Psicologia, me deparei com a seguinte frase “subjetivar a objetividade e objetivar a subjetividade”.



Pois é caros leitores não entendi nada, e então me pus a pesquisar alguns conceitos, e achei no dicionário Aurélio a seguinte definição para subjetivar, que é tornar ou julgar subjetivo; Objetividade é a qualidade do objetivo. Objetivar é tornar objetivo. E com a explanação da minha professora pude entender que subjetividade é a visão do ser humano, de como ele pensa, sente e age sobre o homem, é uma junção de pensamentos e emoções genérica ( que é algo comum para um grupo), singular ( que diferencia o individuo do outro), visíveis e invisíveis.

Então Luciana nos disse que subjetivar a objetividade é o jeito como cada pessoa da sentido ao mundo. Já a objetivar a subjetividade é materializar é colocar no mundo de maneira invisível, ou seja, é materializar os aspectos invisíveis da subjetividade. Ao término da aula a professora disse que os mesmo tempo que subjetivamos a objetividade, objetivamos a subjetividade.

Psicologia ou Psicologias?


Após a leitura do texto A Psicologia ou as Psicologias, fiquei me perguntando como assim Psicologias? Reli o texto e cheguei a uma conclusão, o termo psicologias se dá devido à subjetividade da mesma. De tão difícil e complexo que é a definição do objeto de estudo da psicologia, usa-se o termo no plural para expressar essa amplitude. Posso exemplificar, outro dia eu estava assistindo televisão e vi uma entrevista de uma atriz que admiro bastante seu trabalho que é Cláudia Raia, ela estava dizendo que odiava cozinhar, que não tinha tempo pra isso e quando tinha, preferia se divertir e aproveitar a companhia de seus filhos, mas eu lembrei que eu já tinha visto uma entrevista dela a alguns anos atrás em que ela afirmava adoraaar cozinhar. Como assim, ela gostava e não gosta mais? Essa mutação que ocorreu com Cláudia Raia ocorre comigo, ocorre com você, não necessariamente essa de gostar ou não de cozinhar. Diversas situações fazem com que o ser humano se comporte de forma diferente e são essas mudanças que fazem a construção da nossa evolução – positivamente ou negativamente. As pessoas se constituem de sentimentos, emoções, valores, aprendizados e atitudes. Todos esses elementos vão se modificando com o passar do tempo, e se manifestam de maneiras diferentes em cada ocasião.

Senso Comum e Ciência

Quando estou resfriada, eu recorro ao famoso mel com limão, receita da minha vó. Se eu fosse perguntar a ela quem a ensinou, certamente ela responderia que foi a mãe dela. E quem ensinou a mãe dela? Nem minha vó e nem muito menos a minha bisavó estudaram ou fizeram algum curso de culinária para aprender sobre essas e muitas outras receitas de família. Tais conhecimentos que vão sendo acumulados de geração em geração são chamados de senso comum. Todavia, esse tipo de conhecimento seria insuficiente para o desenvolvimento da humanidade. Desde a antiguidade, o homem vem buscando ‘demarcar’ mais espaço na terra. Na sociedade feudal, as pessoas acreditavam só e somente só naquilo que a igreja pregava. Não existia mobilidade social: nasceu pobre, morre pobre, nasceu rico, morre rico porque era vontade de Deus. Com o surgimento do capitalismo, os dogmas da igreja passaram a ser contestados e a racionalidade e conhecimento se desvincularam da religião. O avanço da ciência se tornou necessário. Nesse período, o conhecimento passa a ser visto como fruto da razão, e a idéia de verdade se torna dependente da ciência. Como o próprio texto aborda, sem esse conhecimento espontâneo e intuitivo –senso comum-, a nossa vida seria bastante complicada. Não é preciso ser um grande físico e conhecer as leis da física para saber que se tirarmos o estojo de gelo do congelador, o mesmo irá derreter em pouco tempo. É a busca de facilitar o nosso dia-a-dia que o senso comum produz suas próprias “teorias”. Enfim, senso comum é um saber que nasce das experiências vivenciadas, da vida que os homens levam em sociedade. É,assim, um saber acerca dos elementos da realidade em que vivemos, um saber sobre os hábitos, os costumes, as práticas, as regras de conduta, é tudo que necessitamos para poder nos orientarmos no nosso dia-a-dia.

quarta-feira, 23 de março de 2011

16.03.2011

Na aula passada lemos o texto “A psicologia ou as psicologias” - capítulo I- e Luciana tirou algumas dúvidas  do grupo a respeito do blog.
O texto relata assuntos como ‘Ciência e Senso Comum, ‘A Psicologia Científica’, os objetos de estudo da Psicologia entre outros. A leitura do texto foi de suma importância para entendermos e aprimorarmos mais o que estudamos até então como o significado de subjetividade e objetividade.
Hoje, Luciana discutirá com a turma o referido texto! Então queridos leitores, logo logo compartilharemos com vocês o que foi discutido em sala, dessa vez com mais ênfase. Até mais ver!

segunda-feira, 21 de março de 2011

Pau que nasce torto nunca se endireita?


Não é o que parece. Essa postagem não é sobre aquela música do “É o tchan”. Uma questão sinônima a esta foi ponto de partida para discussão na aula de psicologia. Com certeza, você já deve ter ouvido aquele velho ditado popular: Pau que nasce torto morre torto. Afinal, vai morrer torto ou é possível mudar caro (a) leitor (a)?
Confesso-lhe que fiquei ainda mais neurótico. Uma enxurrada de opiniões foi dada pelos alunos. Participei discretamente. A professora administrou o debate que por sinal, foi bem interessante. Fim da aula e de volta para minha terra (bairro Belo Horizonte, bem próximo da UFERSA), ainda pensava sobre a bendita questão.
Existem aqueles que defendem fervorosamente a idéia de que são daquele jeito e que nunca irão mudar, nascerão daquela forma e quem quiser vai ter que aguentar.  Um trecho da música “Modinha para Gabriela”, de Dorival Caymmi, retrata exatamente isso (cante comigo): “Eu nasci assim, eu cresci assim, eu sou mesmo assim, vou ser sempre assim, Gabriela, sempre Gabriela”. Perdoe-me Gabriela, mas você está completamente enganada.
As pessoas podem mudar sim, e mudam inevitavelmente. As experiências que vivenciamos nos transformam continuamente. As constantes mudanças nos cenários econômicos, sociais e culturais também nos atingem, diretamente ou indiretamente. Logo, nossos ideais, emoções e pensamentos refletem o mundo e em contrapartida, o mundo também reflete em nós. A subjetividade e a objetividade caminham juntas.
Diante disso, é necessário que não só aceitemos essas mudanças, mas que também nos adequemos as mesmas. É exatamente o que retrata a incrível observação do cientista britânico Charles Darwin: “Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta as mudanças”. Então, os paus que nascem tortos podem se endireitar sim, mas também podem se entortar ainda mais. 
“A mudança não é só necessária à vida, é a própria vida” (Alvin Toffler, escritor e futurista norte-americano).

quinta-feira, 17 de março de 2011

"Pau que nasce torto morre torto?"

Foi com essa pergunta que Luciana deu início ao nosso debate, um questionamento que parecia ser tão simples mas que na verdade nos direcionou a tantas respostas. Depois de feita tal pergunta, a maioria dos alunos começaram a expor suas opiniões, exemplificando com algumas situações cotidianas ocorridas com os mesmos ou com outras pessoas. Na verdade, eu tenho uma idéia fixa, o ser humano é construído através de suas relações com o ambiente social, o homem é produto do meio (já dizia nosso amigo Karl Marx). Tem uma música de Gabriel o Pensador que expressa exatamente minha opinião sobre esse questionamento:


“... Muda, que quando agente muda o mundo muda com a gente
A gente muda o mundo na mudança da mente,
E quando a mente muda a gente anda pra frente
E quando a gente manda ninguém manda na gente
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura
Na mudança de postura a gente fica mais seguro
Na mudança do presente a gente molda o futuro ...”


Essa música relata bem a questão da mutabilidade do ser humano. O autor frisa bem a relação entre tempo e mudança. E é isso, o tempo e a mudança caminham juntos, o modo como minha mãe viveu é diferente do modo que eu vivo, são ‘outros tempos’, novos costumes. A verdade é que não há respostas determinadas, uns acham que as características que nascem com a gente, carregamos o resto de nossas vidas, outros discordam. Mas, como já diz uma certa propaganda que se passa na TV, não são as respostas que movem o mundo e sim as perguntas.

terça-feira, 15 de março de 2011

Ações do sujeito: Subjetivar a objetividade e Objetivar a subjetividade

          Fonte da Imagem
Os conceitos de subjetividade e objetividade são essenciais para a construção da Psicologia. Através do conhecimento cientifico, busca-se o entendimento da relação entre ambos, e, portanto, identificar aspectos que expliquem a formação de ideias dos indivíduos (MACHADO, 2011).
            A subjetividade pode ser compreendida como “a síntese singular e individual que cada um de nós vai constituindo conforme vamos nos desenvolvendo e vivenciando as experiências da vida social e cultural” (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 1999, p. 20). Nesse sentido, Machado (2011, p. 2) afirma que “o subjetivismo é associado à arte, à intuição, à imaginação, à verdades relativas, ou dependentes de percepções mais elevadas.
            Por outro lado, a objetividade é entendida como o conjunto de fatores que formam o mundo externo ao homem que pode ser continuamente transformado. Para Bock, Furtado e Teixeira (1999, p. 21) é “um mundo objetivo, em movimento, por que os seres humanos o movimentam permanentemente com suas intervenções”. Portanto, a construção da objetividade depende da subjetividade e vice-versa.
            Dessa forma, podemos entender que a subjetividade e objetividade são dimensões de cada indivíduo. O sujeito é formado a partir do mundo objetivo, e, paralelamente, constrói sua subjetividade, que por sua vez molda a objetividade. Pode-se ser considerado assim, um ciclo de transformações entre o mundo exterior e interior (MAHEIRIE, 2011).    
            Diante dessas informações, entende-se que objetivar a subjetividade é a como expressamos nossos sentimentos, pensamentos e ações. Compor uma música, por exemplo. Logo, subjetivar a objetividade é a forma como os indivíduos criam conceitos do mundo que os rodeia. Um banco pode ser uma empresa ou um assento de madeira para pessoas diferentes, por exemplo.
REFERÊNCIAS
BOCK, Ana Mercês Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi. Psicologias: uma introdução ao estudo da psicologia. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 1999.
MACHADO, Nilson José. Objetividade e subjetividade na construção do conhecimento. Disponível em: http://www.nilsonmachado.net/20030808.pdf. Acesso em: 24 de março de 2011
MAHEIRIE, Kátia. Processo de criação no fazer musical: uma objetivação da subjetividade, a partir dos trabalhos de Sartre e Vygotsky. Disponível em: www.scielo.br/pdf/pe/v8n2/v8n2a15.pdf. Acesso em: 24 de março de 2011.


Portfólio on-line ...

“Esse semestre vocês não farão portfólio, e sim, um blog!”. Todos os alunos ficaram ‘anestesiados’ quando Luciana disse que nosso critério de avaliação seria por meio de anotações em um blog, isso mesmo! Ficamos apreensivos, afinal, de que maneira poderíamos fazê-lo? Como? Com que frequência?  Passado o susto, conversamos e vimos que poderia ser uma experiência válida, estamos no mundo virtual diariamente por meio de mensagens instantâneas, redes sociais ... Não poderia ser tão complicado fazer um blog né?
A verdade é que não deixou de ser um portfólio, só que agora mais moderno e prático (tomara!). Aqui, esperamos compartilhar com os leitores, as experiências vividas nas aulas de Psicologia e dividir nossos conhecimentos adquiridos. Bem vindos e divirtam-se!