segunda-feira, 21 de março de 2011

Pau que nasce torto nunca se endireita?


Não é o que parece. Essa postagem não é sobre aquela música do “É o tchan”. Uma questão sinônima a esta foi ponto de partida para discussão na aula de psicologia. Com certeza, você já deve ter ouvido aquele velho ditado popular: Pau que nasce torto morre torto. Afinal, vai morrer torto ou é possível mudar caro (a) leitor (a)?
Confesso-lhe que fiquei ainda mais neurótico. Uma enxurrada de opiniões foi dada pelos alunos. Participei discretamente. A professora administrou o debate que por sinal, foi bem interessante. Fim da aula e de volta para minha terra (bairro Belo Horizonte, bem próximo da UFERSA), ainda pensava sobre a bendita questão.
Existem aqueles que defendem fervorosamente a idéia de que são daquele jeito e que nunca irão mudar, nascerão daquela forma e quem quiser vai ter que aguentar.  Um trecho da música “Modinha para Gabriela”, de Dorival Caymmi, retrata exatamente isso (cante comigo): “Eu nasci assim, eu cresci assim, eu sou mesmo assim, vou ser sempre assim, Gabriela, sempre Gabriela”. Perdoe-me Gabriela, mas você está completamente enganada.
As pessoas podem mudar sim, e mudam inevitavelmente. As experiências que vivenciamos nos transformam continuamente. As constantes mudanças nos cenários econômicos, sociais e culturais também nos atingem, diretamente ou indiretamente. Logo, nossos ideais, emoções e pensamentos refletem o mundo e em contrapartida, o mundo também reflete em nós. A subjetividade e a objetividade caminham juntas.
Diante disso, é necessário que não só aceitemos essas mudanças, mas que também nos adequemos as mesmas. É exatamente o que retrata a incrível observação do cientista britânico Charles Darwin: “Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta as mudanças”. Então, os paus que nascem tortos podem se endireitar sim, mas também podem se entortar ainda mais. 
“A mudança não é só necessária à vida, é a própria vida” (Alvin Toffler, escritor e futurista norte-americano).

Um comentário:

Thalita disse...

adorei o texto caro Alan, muito bem colocado a comparação com o texto de Caymi. Parabéns!