terça-feira, 29 de março de 2011

Senso Comum e Ciência

Quando estou resfriada, eu recorro ao famoso mel com limão, receita da minha vó. Se eu fosse perguntar a ela quem a ensinou, certamente ela responderia que foi a mãe dela. E quem ensinou a mãe dela? Nem minha vó e nem muito menos a minha bisavó estudaram ou fizeram algum curso de culinária para aprender sobre essas e muitas outras receitas de família. Tais conhecimentos que vão sendo acumulados de geração em geração são chamados de senso comum. Todavia, esse tipo de conhecimento seria insuficiente para o desenvolvimento da humanidade. Desde a antiguidade, o homem vem buscando ‘demarcar’ mais espaço na terra. Na sociedade feudal, as pessoas acreditavam só e somente só naquilo que a igreja pregava. Não existia mobilidade social: nasceu pobre, morre pobre, nasceu rico, morre rico porque era vontade de Deus. Com o surgimento do capitalismo, os dogmas da igreja passaram a ser contestados e a racionalidade e conhecimento se desvincularam da religião. O avanço da ciência se tornou necessário. Nesse período, o conhecimento passa a ser visto como fruto da razão, e a idéia de verdade se torna dependente da ciência. Como o próprio texto aborda, sem esse conhecimento espontâneo e intuitivo –senso comum-, a nossa vida seria bastante complicada. Não é preciso ser um grande físico e conhecer as leis da física para saber que se tirarmos o estojo de gelo do congelador, o mesmo irá derreter em pouco tempo. É a busca de facilitar o nosso dia-a-dia que o senso comum produz suas próprias “teorias”. Enfim, senso comum é um saber que nasce das experiências vivenciadas, da vida que os homens levam em sociedade. É,assim, um saber acerca dos elementos da realidade em que vivemos, um saber sobre os hábitos, os costumes, as práticas, as regras de conduta, é tudo que necessitamos para poder nos orientarmos no nosso dia-a-dia.

Um comentário:

Unknown disse...

muuuuito bom,ficou bastante claaro!