quarta-feira, 13 de abril de 2011

De volta para o Passado (Evolução da Psicologia)




         Vamos dar uma de Marty Mcfly. Acomode-se no carro, por favor. O Dr. Emmett Brown está fazendo os últimos ajustes. Dessa vez, a viagem será “de volta para o passado”. Pronto (a) para entender o processo evolutivo da psicologia?
       Na Antiguidade, por volta de 700 a. C., a Grécia destacava-se pela evolução econômica, social e cultural. Nesse cenário, filósofos buscavam entender a forma interior do seu povo. Foi então, que a psicologia de certa forma é estudada, através de uma questão de percepção. De um lado, estavam os idealistas defendendo que a ideia forma o mundo. Do outro, os materialistas afirmando que a matéria do mundo já é dada para percebemos.
        Anos depois, Sócrates,(um filósofo que não jogou futebol), identificou os limites da racionalidade dos seres humanos e irracionalidade dos animais. O próximo passo é dado por Platão, que define a cabeça como centro da alma do homem (razão). Ele acreditava que após a morte, a alma se separaria do corpo (matéria). Eis que surge Aristóteles, discípulo de Platão. Para ele a alma é o princípio ativo da vida. Assim, todos teriam uma alma: plantas (alma vegetativa), animais (alma sensitiva) e humanos (alma racional). Assim, percebe-se que mesmo 2300 anos antes da psicologia cientifica, os gregos já tinham suas teorias. 
         Avançamos na linha temporal para investigar a psicologia no Império Romano e na Idade Média. Nessa época, ela estava diretamente ligada com a religião. Vamos conhecer Santo Agostinho e São Tomás de Aquino. Baseado nas ideias platônicas, Santo Agostinho definia a alma não somente como a razão, mas também como uma manifestação divina do homem. Dessa forma, A Igreja busca a compreensão do homem. O clero gradativamente detinha poder sobre o povo. São Tomás de Aquino, se deteve aos ideais aristotélicos, buscando a distinção entre a essência e a existência do homem. Para ele, a busca de perfeição do homem seria somente pela busca de Deus.  Foi um prazer conhecê-los.
        Continuamos nossa jornada, percorremos cerca de 200 anos e estacionamos no Renascimento, época de grandes nomes como Maquiavel, Copérnico, e Descartes. Nesse período, inúmeros avanços na produção do conhecimento, consolidam a importância da ciência. Descartes propõe a divisão da mente  (alma, espírito) e corpo, afirmando que os seres humanos possuem uma substancia material e outra pensante.  Dessa forma, ele contribui diretamente para avanços nos estudos de anatomia e fisiologia.
           Logo, chegamos ao século 19, época em que a ciência se torna progressivamente importante para os avanços econômicos, culturais e sociais. Veja o capitalismo tomando o lugar do feudalismo. Eis surge uma variação da psicologia com os estudos físicos, a chamada Psicofísica, que estudava a união dos fenômenos e a percepção. Nesse contexto, o alemão Wilhelm Wundt, desenvolve o paralelismo psicofísico, que defende a ideia de que os fenômenos mentais correspondem aos fenômenos orgânicos.
Logo, a psicologia científica propriamente dita nasce na Alemanha, porém foi nos EUA, que seus estudos cresceram rapidamente formando as primeiras escolas de psicologia. Estas deram origem às abordagens conhecidas como: Funcionalismo, de William James (1842-1910); Estruturalismo, de Edward Titchner (1867-1827)  e; o Associacionismo, de Edward L. Thorndike (1874-1949).
No Funcionalismo, James busca entender "o que os homens fazem" e "por que o fazem". Para responder isso, seu foco é a compreensão do funcionamento da consciência. Para Titchner e o Estruturalismo, a consciência também é uma preocupação. Entretanto, ele busca estudar suas características estruturais Vale lembrar que Titchner é seguidor de Wundt e assim como seu mentor, seus conhecimentos são produzidos a partir de laboratório.
Com o Associacionismo, Thorndicke utiliza o processo de associação de idéias, que visa a compreensão das coisas simples às mais complexas. Ele formulou a Lei do Efeito, que foi de grande utilidade para a Psicologia Comportamentalista. Ela esta ligada com a idéia de condicionamento. Esta entende-se como a aprendizagem por repetições de ações, associadas as idéias de recompensas e castigos gerados pela mesma.
Enfim, tais abordagens da psicologia científica foram substituídas no século XX, pelo Behaviorismo e a Psicnálise. No entanto, o conhecimento destas teremos em outra viagem. Precisamos reprogramar os circuitos depois de tanto conhecimento. A tempestade vai começar. Então aperte o cinto e não perca as próximas postagens. Enquanto isso vou ficando mais neurótico.


REFERENCIAS:


BOCK, Ana Mercês Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi. Psicologias: uma introdução ao estudo da psicologia. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 1999.

5 comentários:

danilo disse...

Achei muito criativo e atrativo.

WILLIAM PEREIRA disse...

Parabéns pela criação do blog. Excelentes matérias, assuntos relevantes, acadêmico. Todos tivessem essa disposição teríamos na internet uma Universidade aberta. Conheça também meus blogs. Felicidades e sucesso. Colocarei no meu favorito, posterei matéria do seu blog na minha RVPWP2011 com vossa permissão.

Thalita disse...

Disponha Professor, toda ajuda para divulgação do nosso blog será bem vinda! Obrigada pelo o apoio.

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Obrigado professor, não deixe de ver os outros post que também são super interessantes. E claro que pode colocar. Já se considere um neurótico como a gente.